quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

CASO LUCAS 8 ANOS - E ainda tem a coragem de dizer que não existe Racismo no Brasil....

Foi manchete na televisão nacional e mundial, esta correndo via radio e em varios sites, o corrido com o garoto Lucas Neiva de Oliveira, de 8 anos, que já estudava no colégio Cidade Jardim Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Que foi recusada a matricula no colégio por ele usar cabelo Black Power.
Mesmo com a faixa na escola anunciada as vagas para o proximo ano, e rematricula foi negada.
A direção da escola falou que foi coincidencia,???


Tanto se fala de politicas afirmativas, na inclusão do negro e acesso aos meios de ensino, saude e trabalho, mas mesmo assim Meu Brasil, nos deparamos com essa realidade, onde ainda, após pouco mais de 100 anos da abolição ainda nossa crianças, adultos e velhos passam por essa situação deploravel.
Eu realmente queria saber e se fosse um menino loirinho, com cabelos lisos e compridos, será que passaria pela mesma situação. Não acredito!!!!

Os desentendimentos começaram em agosto, quando Maria Izabel Neiva recebeu um bilhete da professora do filho: ela pedia que Lucas usasse um corte de cabelo mais adequado porque o garoto reclamava do comprimento. “O cabelo não atrapalha. O único jeito de chegar no olho é se eu puxar. Não tem como”, conta o menino.

Maria Izabel decidiu não cortar. Mandou um bilhete para a diretora, que respondeu: “É que realmente esse cabelo não é usado aqui no colégio pelos alunos”.

“Vim conversar com ela pessoalmente, passei umas duas ou três horas na sala com ela porque eu falei para ela assim: ‘Não atrapalha em nada o cabelo dele. Ele enxerga normalmente, o cabelo não está no olho, não atrapalha em nada’. E ela disse assim: ‘Atrapalha os colegas a enxergar a lousa. É crespo e é cheio. Não é adequado esse cabelo. Venhamos e convenhamos mãe’”, conta a mãe.

A mãe de Lucas disse que nesse fim de ano não recebeu nenhum aviso sobre a rematrícula do filho. Ficou preocupada e telefonou para o colégio perguntando sobre os prazos. Nessa semana, ela foi na última reunião de pais e foi à secretaria, onde foi informada que já não havia mais vaga para o garoto.

Outra mãe, que prestou depoimento à polícia como testemunha do caso, foi até a secretaria da escola depois de Maria Izabel e conseguiu rematricular a filha, que estuda na mesma classe de Lucas.

“Eu só quero os direitos dele estudar, entendeu? Eu pago a mensalidade tudo adiantado, a melhor educação para o meu filho. Eu já passei preconceito quando era criança e agora o meu filho passando por isso”, lamenta.

Após a queixa da mãe de Lucas, o delegado já instaurou um inquérito para apurar o caso. “Toda vez que a pessoa é impedida ou é tolida de entrar em algum estabelecimento, inclusive estabelecimento de ensino, que tenha a conotação que é por causa da cor ou do cabelo está caracterizado dentro da lei que apura os crimes raciais”, diz Jorge Vidal Pereira .

Em nota, a direção do Colégio Cidade Jardim Cumbica disse que a mãe perdeu o prazo da rematrícula e que foi orientada a colocar o nome do filho na lista de espera.

Afirmou ainda que o inquérito policial é absurdo e que a professora havia orientado a mãe a cortar o cabelo do menino porque a franja estava atrapalhando a visão dele, mas que isso não tem relação com o fato de Lucas não poder ser rematriculado.

De acordo com a polícia, a diretora da escola já foi notificada do inquérito e deve comparecer segunda-feira na delegacia para prestar depoimento.


LUCAS ESTAMOS COM VOCÊ...


Fonte: http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-brasil/22242-a-tal-consciencias-humana-aluno-de-8-anos-com-cabelo-black-power-impedido-de-fazer-rematricula-em-escola

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