Um tanto quanto forte essa pergunta eu sei, e também sei que vai haver muitas represarias a essa questão, mas peço apena a você leitor, deixe a mente aberta a essas afirmações que fazem parte de nossa historia.
Não sei se você sabia meu irmão negro que para a igreja católica os negros não tinham alma, é isso mesmo, não tinham.
Até o século XIX, preto não tinha alma. A Igreja dizia que não tinha, pelo menos, e por isso permitiu a escravidão negra nas Américas. O argumento era que os negros fossem uns brutos, meio-animalescos, mais próximos do reino animal que do reino humano (Os biólogos darão risadas: como se o humano algum dia tivesse alcançado um reino destacado dos outros animais. Uma pilhéria).
Quando o negro veio ao Brasil, que me lembro bem não foram convidados, não vieram de primeira classe e nem de classe econômica, foram sim sequesyrados de seus pais, amigos família no geral, foram escravizados e enviados a outro continente, como se fossem gados, e toda sua cultura também veio, essa para aliviar a saudade da mãe áfrica.
Muito morriam de BANZO ( saudade da áfrica) e como o negro era visto como coisa e não como ser humano, toda sua religião era do demonio, já que nada do negro era bom, a não ser sua força para trabalhos braças.
Tentaram catequisar o negro, mas nossa origem e força de vontade eram e são ainda fortes, tentarma por bem, não dando certo tentaram a força, muitos negros morreram pela sua fé, então não havendo outra maneira empurraram de cima para baixo o sincretismo católico.
Escravos rezavam diante de uma imagem de Santo Católico, porém, em língua Ioruba – quando na verdade prestavam suas devoções aos deuses africanos. Os europeus eram “enganados” e acreditavam mesmo na catequização dos negros.
Esse foi mais um fator muito forte na história do candomblé. Foi um fator tão forte que até hoje podemos encontrar similaridades entre religiões de matrizes africanas com o catolicismo.

Os deuses africanos foram associados a personagens, Santos Católicos para facilitar a prática às escondidas: · Exú – Santo Antônio.
· Omolú – São Roque ou S. Lázaro.
· Ogum – São Jorge em uns locais e Santo Antônio em outros.
· Yemanjá – Nossa Senhora dos Navegantes.
· Oxum – Nossa Senhora da Conceição.
· Xangô – São Jerônimo, São João Batista e São Miguel Arcanjo. Em alguns lugares – São Pedro.
· Oxóssi – São Sebastião e São Jorge.
· Iansã – Santa Bárbara.
· Ibeji – São Cosme e Damião.
· Obá – Santa Rita de Cássia e Joana D’Arc.
· Nanã – Santa Ana.
· Oxumarê – São Bartolomeu.
· Oxalá – Jesus Cristo e Nosso Senhor do Bonfim.
Entretanto, algumas religiões “irmãs” do candomblé como a chamada umbanda, preservam a tradição do sincretismo, quando o próprio candomblé, na maioria dos casos, já extinguiu esse costume.
Já no Brasil a Revolta dos Alfaiates, que aconteceu na Bahia, na passagem para o séc. XIX, reclamava a separação de Portugal, bem como clamava maior liberdade e igualdade social, inclusive – talvez especialmente - para os escravos, foi suprimida com violência. Os suspeitos que não foram degredados para África foram esquartejados e expostos em estacas pelas ruas das cidades. Outros milhares de focos de revolta por todo o país tiveram semelhante desfecho.
Além das muitas revoltas, houve as resistências em quilombos. Houve suicídios, suicídios coletivos, infanticídio, tudo o que fosse uma afronta à lógica econômica que tinha pessoas como instrumentos de trabalho inanimados, uma res, uma coisa, igualmente ao que diziam os antigos romanos sobre os seus próprios escravos. A única diferença, eles acreditavam, de um escravo para uma coisa, é que eram coisas falantes. Coisas mesmo assim! Contudo, diferente da escravidão antiga, a escravidão do Brasil Colônia/Império tinha um motivo de cor. Pessoa de cor era um sinônimo de pessoa de trabalhos pesados e/ou braçais. E trabalho braçal era sinônimo de humilhação. E humilhação é uma das coisas que pessoas normais evitam.
A escravidão brasileira não tinha preocupações de maquiagens morais. Explorava os negros. Não fazia mistério sobre isso. Mas agora é outra coisa. Todos fingem que não existe racismo no Brasil. Se alguém fala em racismo, é motivo para causar horror, ou alarme. É um tabu. É como falar em prostituição infantil, todos arregalam os olhos como se nunca tivessem visto ou ouvido falar naquilo, é como se não pertencesse ao nosso mundo; mas, se não pertence – ou você vive num pequeno paraíso em que estes deslizes realmente não acontecem, ou você desvia os olhos do problema debaixo do nariz.
“Nada há que me domine e que me vença
Quando a minha alma mudamente acorda...” CRUZ E SOUZA CABELOS
Cabelos! Quantas sensações ao vê-los!
Cabelos negros, do esplendor sombrio,
por onde corre o fluido vago e frio
dos brumosos e longos pesadelos...
Sonhos, mistérios, ansiedades, zelos,
tudo que lembra as convulsões de um rio
passa na noite cálida, no estio
da noite tropical dos teus cabelos.
Passa através dos teus cabelos quentes,
pela chama dos beijos inclementes,
das dolências fatais, da nostalgia...
Auréola negra, majestosa, ondeada,
alma de treva, densa e perfumada,
lânguida noite da melancolia!
HÁ UMA MUSICA DE CAPOEIRA QUE ILUSTRA BEM OQUE PENSO E DEIXO AQUI AOS QUE QUISEREM SE DELICIAR MAIS?
Às Vezes Me
Chamam de Negro
às vezes me chamam de negro,
Pensando que vão me humilhar
Mas o que eles não sabem é que só me fazem lembrar,
Que eu venho daquela raça, que lutou pra se libertar,
Que criou o Maculêlê,
E acredita no camdomblé,
E que tem um sorriso no rosto,
A ginga no corpo,
E o samba no pé
Que fez surgir de uma dança,
Luta aqui, pode matar
Capoeira arma poderosa,
Luta de libertação,
Brancos e negros na roda, se abraçam como irmãos...
Perguntei ao camará, o que é meu?
O que é meu irmão? ôô meu irmão do coração
O que é meu irmão?
Ô Camará o que é meu...
Pensando que vão me humilhar
Mas o que eles não sabem é que só me fazem lembrar,
Que eu venho daquela raça, que lutou pra se libertar,
Que criou o Maculêlê,
E acredita no camdomblé,
E que tem um sorriso no rosto,
A ginga no corpo,
E o samba no pé
Que fez surgir de uma dança,
Luta aqui, pode matar
Capoeira arma poderosa,
Luta de libertação,
Brancos e negros na roda, se abraçam como irmãos...
Perguntei ao camará, o que é meu?
O que é meu irmão? ôô meu irmão do coração
O que é meu irmão?
Ô Camará o que é meu...
Lei Áurea
Dorme presos como animais, acorda cedo pra trabalhar
Era na foice e no machado, com o facão nos canaviais
Quatorze horas por dia, e sem poder reclamar
O negro caía cansado, logo era chicoteado
E gritava
Não bata n'eu mais não
Não bata n'eu mais não
Não bata n'eu mais não, seu feitor
Que eu já vou me levantar
1888 a lei áurea, Isabel assinou
O negro foi jogado na rua, essa lei não adiantou
Com saudades da terra natal, com aperto no coração
O negro já não apanha mais, mas continua na
escravidão
Libertação, libertação, libertação
Olha o negro, libertação
AGORA PEÇO QUE PENSE, VOCÊ ESTA AQUI HOJE PORQUE CERTAMENTE UM DESCENDENTE SEU VEIO NAQUELES NAVIOS COMO ANIMAIS IRRACIONAIS E NÃO COMO SERES HUMANOS, NÁ FOMOS TORTURADOS, HUMILHADOS, E SUBJULGADOS, A IGREJA NEM TE RECONHECIA COM GENTE AINDA COMO RECONHECERIA COM FILHO DE DEUS, SEU PECADO E ERRO, PARA ELES ERA A COR DE SUA PELE, NOS FORÇARAM, ESPANCARAM, ESTRUPARAM AS MULHERES, MUTILARAM MUITOS HOMENS E CRIANÇAS, TENTARAM NOS CONVERCER QUE ERAMOS CRIATURAS DO CAPETA, UMA SUB RAÇA, COM UMA SUB RELIGIÃO, E NOS DIAS DE HOJE AINDA SOMOS VISTA COMO SUB-HUMANOS.
São os mesmos que hoje, te humilham no emprego, entam inferiorizar sua historia e dizem que não há preconceito, são os mesmos de terno e gravata, ou de bata, sobem nos seus pupitos e nos empurram, garganta abaixo seus dogmas, doutrinas, costumes, onde tudo que nós negros representamos é errado, pecado.
Se avalie você mesmo, e se depois disso ainda quiser ser humilhado, ai é com você.
Era na foice e no machado, com o facão nos canaviais
Quatorze horas por dia, e sem poder reclamar
O negro caía cansado, logo era chicoteado
E gritava
Não bata n'eu mais não
Não bata n'eu mais não
Não bata n'eu mais não, seu feitor
Que eu já vou me levantar
1888 a lei áurea, Isabel assinou
O negro foi jogado na rua, essa lei não adiantou
Com saudades da terra natal, com aperto no coração
O negro já não apanha mais, mas continua na
escravidão
Libertação, libertação, libertação
Olha o negro, libertação
AGORA PEÇO QUE PENSE, VOCÊ ESTA AQUI HOJE PORQUE CERTAMENTE UM DESCENDENTE SEU VEIO NAQUELES NAVIOS COMO ANIMAIS IRRACIONAIS E NÃO COMO SERES HUMANOS, NÁ FOMOS TORTURADOS, HUMILHADOS, E SUBJULGADOS, A IGREJA NEM TE RECONHECIA COM GENTE AINDA COMO RECONHECERIA COM FILHO DE DEUS, SEU PECADO E ERRO, PARA ELES ERA A COR DE SUA PELE, NOS FORÇARAM, ESPANCARAM, ESTRUPARAM AS MULHERES, MUTILARAM MUITOS HOMENS E CRIANÇAS, TENTARAM NOS CONVERCER QUE ERAMOS CRIATURAS DO CAPETA, UMA SUB RAÇA, COM UMA SUB RELIGIÃO, E NOS DIAS DE HOJE AINDA SOMOS VISTA COMO SUB-HUMANOS.
São os mesmos que hoje, te humilham no emprego, entam inferiorizar sua historia e dizem que não há preconceito, são os mesmos de terno e gravata, ou de bata, sobem nos seus pupitos e nos empurram, garganta abaixo seus dogmas, doutrinas, costumes, onde tudo que nós negros representamos é errado, pecado.
Se avalie você mesmo, e se depois disso ainda quiser ser humilhado, ai é com você.
Fontes:http://sociedadecandomblemoderno.blogspot.com.br/2011/06/o-sincretismo-religioso-no-brasil.html
http://confrariadetolos.blogspot.com.br/2010/11/ate-o-seculo-xix-pretos-nao-tinham-alma.html
http://www.vagalume.com.br/carolina-soares/as-vezes-me-chamam-de-negro.html
http://pensador.uol.com.br/poemas_cruz_e_sousa/
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